Por
uma vida menos ordinária
Não,
não me refiro ao filme que eu jamais vi (aliás,
eu suponho que haja um filme com esse título,
senão houver, fica a dica).
Mas aos
fatos.
Acordar.
Trabalhar. Fazer algo a noite. Dormir.
Exceto
duas vezes por semana, que o "trabalhar" pode ser
substituído por "fazer algo a tarde".
Tudo isso
para, ao final do mês, ter uns trocados que lhe permitam
trabalhar, fazer algo em algum período e dormir com
um pouco mais de conforto.
Até
que um dia você seja considerado incapaz de trabalhar
ou fazer algo, e aí sobra apenas o dormir e uns trocados
- agora ainda mais pingados - até que você desista
de acordar.
A vida
em si não parece tão ruim se você comparar
com a rotina de um verme de intestino, ou mesmo de uma daquelas
moscas que morrem poucas horas depois de nascer.
Mas, talvez,
pelo simples fato de termos consciência dela, as vezes
parece que é trabalho demais pra recompensa de menos.
Acho que
são em momentos assim que o conceito de eternidade
parece mais sedutor... Ou assustador.
E pensar
que muito provavelmente vamos passar mais tempo falando do
que gostaríamos de estar fazendo do que fazendo de
fato...
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